A tabela de amortização do financiamento nada mais é do que o cronograma financeiro detalhado que determina a composição de cada parcela de um empréstimo ou financiamento. Essa escolha, portanto, vai impactar diretamente a sua organização para realizar o pagamento de todas as parcelas dentro do prazo e sem surpresas.
Entre os muitos detalhes que devem ser analisados ao buscar por crédito, um dos mais importantes é a tabela de amortização do financiamento. Afinal, essa é a decisão que vai impactar, por exemplo, a previsibilidade dos seus gastos.
Essa escolha, portanto, é o que vai organizar a devolução do dinheiro emprestado, além dos juros incidentes. A partir do momento que você entende como essas parcelas são estruturadas, como o seu fluxo de caixa é impactado e os outros detalhes da tabela, os resultados tendem a melhorar ao final.
Para ajudar você a dominar esse assunto e simplificar a sua decisão na hora de escolher as melhores condições, preparamos um conteúdo completo.
Continue a leitura e confira!
O que é a tabela de amortização?
A tabela de amortização é um modelo financeiro que detalha como uma dívida será liquidada ao longo do tempo. É o guia que define a proporção entre a devolução do principal e o pagamento de juros em cada parcela.
Na prática, funciona como um mapa do financiamento, permitindo que você veja, por exemplo, a evolução do saldo devedor, a redução progressiva dos encargos e o valor efetivo comprometido mensalmente.
Mas não se engane: é muito mais do que uma simples tabela, já que garante toda a transparência do processo, além de facilitar, por exemplo, a comparação entre propostas de crédito e dá previsibilidade ao devedor.
Para quem pegou o crédito, portanto, é uma forma de projetar seus compromissos financeiros no futuro de uma maneira mais estratégica.
Como funciona na prática
A lógica da tabela de amortização combina três elementos que você precisa entender: saldo devedor, amortização e juros.
Em cada parcela, parte do valor corresponde à amortização do capital, enquanto a outra parte cobre os juros incidentes sobre o saldo restante. Com o tempo, à medida que a dívida é reduzida, os encargos diminuem.
Na prática, os bancos utilizam fórmulas financeiras que aplicam taxas mensais de juros sobre o saldo devedor.
Dependendo do sistema adotado, a proporção entre capital e juros muda bastante, influenciando o valor das parcelas e o montante final pago. E é justamente essa variação que distingue os diferentes tipos de tabelas de amortização.
Leia mais: Como garantir menores taxas ao solicitar um empréstimo?
Principais tipos de tabela de amortização
Entrando nos detalhes mais técnicos, é importante compreender as diferenças entre os sistemas SAC e Price de uma tabela de amortização do financiamento.
Sistema de Amortização Constante (SAC)
O modelo SAC é um dos mais utilizados em financiamentos imobiliários. Nesse formato, o valor da amortização do principal é fixo em todas as parcelas. O que varia é o valor dos juros, que diminuem gradualmente conforme o saldo devedor é reduzido.
As primeiras parcelas são mais altas, pois incidem sobre um saldo maior. Com o tempo, as prestações vão ficando menores, aliviando o peso financeiro sobre o devedor.
Essa característica torna o SAC atraente para quem busca reduzir os compromissos mensais depois de pegar o crédito.
Sistema Price
Outro modelo comum é o sistema Price, também chamado de Tabela Francesa, uma estrutura as parcelas de forma uniforme ao longo de todo o contrato.
A cada mês, o valor pago é o mesmo, mas a composição muda: no início, a maior parte é destinada aos juros; com o passar do tempo, a proporção de amortização aumenta.
Esse modelo oferece previsibilidade, já que o valor da prestação não oscila. No entanto, o custo total tende a ser mais elevado do que no SAC, justamente pelo maior peso dos juros nas fases iniciais.
Normalmente, é uma opção oferecida em financiamentos de veículos e crédito pessoal.
Comparação entre SAC e Price
A escolha entre os dois modelos depende do perfil do devedor e da estratégia financeira.
O SAC exige maior fôlego no início, mas proporciona economia de juros ao longo do contrato. Já a Price distribui o esforço financeiro de forma uniforme, mas implica em um custo final mais alto.
Para quem precisa manter a previsibilidade de caixa, por exemplo, a Price pode ser mais interessante. Já para projetos de longo prazo com margens mais estáveis, o SAC tende a ser mais vantajoso.
Como calcular a amortização?
Uma questão importante ao longo desse processo é o cálculo da amortização, que envolve uma série de fórmulas financeiras. Por mais que os bancos já façam esse cálculo automaticamente, é fundamental entender como funcionam.
Definição do saldo devedor inicial
O ponto de partida é o valor financiado, que representa o montante principal a ser amortizado.
Aplicação da taxa de juros
Os juros incidem sobre o saldo devedor. A taxa deve ser convertida para o período de pagamento (mensal, por exemplo) e aplicada em cada ciclo.
Determinação da parcela
A escolha do modelo é importante para o valor da parcela, já que no sistema SAC ela é composta pela amortização fixa mais os juros do período. Enquanto na Price, é aplicada uma fórmula de equivalência financeira, que garante parcelas iguais.
Redução progressiva da dívida
A cada pagamento, o saldo devedor diminui. Esse processo continua até a quitação completa, que ocorre quando a soma das amortizações iguala o valor do financiamento inicial.
Diferença entre amortização e juros
Também é importante entender alguns termos mais técnicos e as diferenças entre eles, como amortização e juros. O primeiro representa a devolução do dinheiro que foi emprestado, reduzindo o saldo devedor, enquanto o segundo é a remuneração para quem emprestou o valor.
Ou seja, a amortização traz redução efetiva da dívida, os juros são um custo adicional. Quanto maior e mais acelerada for a amortização, menor será o total de juros pagos.
Tudo isso reforça como compreender a estrutura da tabela de amortização é essencial para planejar estratégias de quitação antecipada ou renegociação de contratos.
Impacto da amortização no financiamento
O modelo de amortização adotado pode mudar o custo total do crédito. No SAC, a redução do saldo devedor acontece mais rapidamente, o que diminui o volume de juros ao longo do tempo.
Já na Price, a amortização inicial é menor, prolongando a incidência de juros e elevando o custo final.
Além disso, o impacto no fluxo de caixa também varia. No SAC, há maior esforço nos primeiros anos, mas alívio progressivo depois.
Por outro lado, a estabilidade das parcelas da Price facilita o planejamento, mas sem redução de esforço ao longo do tempo.
Dicas para escolher a melhor tabela de amortização
São muitas questões técnicas, mas algumas dicas práticas podem ajudar a tomar a melhor decisão para a sua organização financeira:
- Analisar a capacidade de pagamento inicial, considerando se é possível absorver parcelas mais altas no curto prazo;
- Comparar o custo total do contrato em cada sistema, não apenas o valor da parcela;
- Considerar a previsibilidade do fluxo de caixa da empresa ou da pessoa física que contrai o financiamento;
- Avaliar a possibilidade de quitação antecipada e o impacto disso em cada modelo de amortização;
- Observar o prazo do contrato, já que em financiamentos longos o SAC tende a ser mais vantajoso em termos de economia de juros.
Por mais burocrático que o assunto possa parecer, a tabela de amortização de um financiamento precisa fazer parte do seu processo de decisão. Entender os modos mais comuns e como isso vai impactar a sua vida financeira precisa ser uma das prioridades ao longo desse fluxo.
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